terça-feira, 23 de dezembro de 2008

INVERNO DE PARABOLAS FOME.

Dentro de todos os espelhos
os desertos do mundo
e a sede adormecida dentro
de todas as águas consumida
o mar
o rio
o barreiro
e os açudes provinciais
cabem em toda necessidade orgânica
em que se espera das cheias
o inverno e a seca
a fome que se veste de anjos
na candura dos fetos.
cuspir ainda que seja uma ação
perdida no tempo da terra
o chão agradece o azedume do vinagre
o que christus padece a santa ceia.

Wilson Bernardo


O REBANHO E A RESSUREIÇÃO.

Vacas morrem quando comem
mangas
politicos chupam os olhos
do escrupulo
a fortuna o pasto afagos
a indignação o protesto manga
no caroço da fruta paradisiaca
o boi engasga ruminância
politicos
bois
compativeis ruminântes orgânicos.

Wilson Bernardo

4 comentários:

Domingos Barroso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Claude Bloc disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Domingos Barroso disse...

Um poema em toda a sua dimensão.
Um forte abraço.

Unknown disse...

Opa Wilson Bernardo beleza cara ?

rapaz, é luiz jairo sampaio ..

O cara que tirou as fotos com O Tasso jereissati , como eu faço pra pegar essas fotos ? eu te ligo mais teu cel que vc me deu tá sempre desligado ..

pega ae meu cel , 9621 7588 .

abraço cara .