terça-feira, 22 de janeiro de 2008
POEMAS DE NATAL SERTÃO DAS FOMES.
POEMAS DE NATAL SERTÃO DAS FOMES.
A FORTUNA É UMA COMPROVAÇÃO SUICIDA!
Diante de todos os prazeres
o homem é um inseto
o dinheiro ao que parece não será
das fortunas um princípio sincero.
o homem dentro da alma consumida em valores
o consumo se faz nascer com os fetos o precipício.
desconhecemos a formação dos prazeres
diante de que o medo é uma regra humana.
os insetos fecundam a eternidade das espécies.
o dinheiro acelera a vunerabilidade
de que somos bacterihumanas desnecessárias.
morte!
a fortuna é apenas uma ideia de quantidade
o prazer da felicidade é bem menor do que os insetos.
a grande revolução do homem é superar
um desejo suicida.
Wilson Bernardo
OS FETOS CONSOMEM COSMÉTICOS!
Diante do espelho
cara a cara
com Narciso
o caramujo se sente príncipe!
Wilson Bernardo
DESCASCAR FRIGORÍFICOS OSSOS.
O milagre das palavras
é a fome das parábolas.
o milagre dos pães
a multiplicação dos peixes.
e no meu sertão urbano
as mulheres se contentam
com a fila dos ossos.
a carne é para quem pode
o poder
comer frutas com rodelas de dinheiro.
o milagre dos peixes
a multiplicação dos pães.
o milagre das parábolas
é a fome das palavras.
Wilson Bernardo
A MORTE É UMA FOME ORGÂNICA!...
As vacas pastam na profundeza
das águas
os peixes confiantes de traquéias
esperam pacientemente os coletores de leite.
a ruminagem dos homens comovem
os comerciantes de mortes.
fome!
sede!
aos filhos conscientes de mendicâncias
de que o pasto e as iscas
serão sempre necessidades orgânicas.
a fome humana nos leva ao saciar
desonesto de que os vegetais
vestem as carnes de luto.
Wilson Bernardo
Por: Wilson Bernardo - Poeta Marginal
Foto: Dihelson Mendonça
.
Fotos - Pachelly Jamacaru
Wilson Bernardo entrevista Ermano Moraes e Cleilson Ribeiro
Veja a entrevista de Wilson, sempre bem-humorado, e profundamente imprevisível:
ATENÇÃO: Para ouvir, pare primeiro o player principal do Blog, senão vc irá ouvir 2 sons ao mesmo tempo...
Reportagem: Wilson Bernardo
Cinegrafista: Dihelson Mendonça
Café Literário - Com Wilson Bernardo, João Nicodemos, Ulisses, Ruben Mousinho e Dihelson Mendonça
Com: João Nicodemos, Wilson bernardo, Ulisses, Ruben Mousinho e Dihelson Mendonça.
Parte 01:
Parte 02:
Parte 03:
Produção, edição: Dihelson Mendonça
.
Wilson Bernardo - Capitalismo Marxista II - O Retorno
A hipocrisia nos faz negar a grande lata de conserva de consumo que é a geladeira. A arte tem funções de multiplicidade, no sentido de que a sua universalização requer sim a polemização, que se faz necessária, seja na literatura, no discurso, ou nas idéias contundentes. Por isso, nem sempre aceitas.
A hipocrisia humana se diverte nos conceitos puritanos e esquecem de que o vaso sanitário vos esperam sorridentes. Falar em merda ou não, seria aceitar ou não, de que são necessidades igualitárias que nos colocam no mesmo padrão sócio-econômico. Até porque, é a única ação humana que nos tornam iguais socialmente: - - defecando.
Bil Gates sabe fazer dinheiro, mas não constrói poemas, o que organicamente nos remete à igualdade na condição de humanos seres desumanos. A velha esquerda, seja em Cuba ou qualquer outra província, se mantêm sim ideologicamente pautada em antigos conceitos de socialização dos bens, assim como a igreja apost(a)olica romana, que tem discursos homilíacos da divisão dos bens, e a mesma não as faz, e te convence sadicamente de que tu é quem deverias dividir o pouco que seja com a plebe, ilhada nas obrigações da fé.
A esquerda quer HILUX sim, e charutos Cubanos e se manter no ideologismo retórico de emancipações de políticas sociais. A revolução russa é uma grande farsa, que manteve as elites da esquerda no patamar dos consumidores de caviar. Moral da história...Ao contrário do Klemlin, que não nega suas cores de guerra, a casa branca não tem nada de branca paz. Na essência, no Brasil tivemos insurreições como canudos e caldeirão que se caracterizaram muito mais como revoluções sociais do que a própria revolução russa. Preconceituosos senhores de idéias pré-elaboradas, com certeza copiadas em jargões sem nenhuma semântica moral e criativa.
Quero afirmar sim que santo de casa obra milagres (obra no sentido de obrar: defecar )e o cariri tem muitos intelectuais que não são ouvidos ou cultuados, o que essas pessoas preferem absorver como absorventes vaginais e filtrar a mesmice dos consumidos intelectuais da mídia elitista e jabariana de produtores capengas. Caetano, Gil e tantos outros nem sempre falam e produzem pérolas, mas o que fazem dita regras, e são deglutidas. Pois se fartem, degustadores de enlatados na geração fastfooda-se. Nossa província é o começo do mundo, a China é que é o fim do mundo. Nossa gente merece muito mais, e quando escrevo e faço arte, faço para o povo e as periferias, e não para as elites. A poesia marginal e a arte marginal, nasce ainda feto nos guetos sociais. Ao falar no rio grangeiro, o nosso canal, uma cidade moderna começa sim pela sua revitalização, e a recuperação sumária de tantos outros problemas concebidos pela sua má gestão e a falta de canalização dos esgotos. Não me é ofensivo o fato de me rotularem de como humorista e bêbado,até porque, antes de tudo o humor tem que ser inteligente, e muitos sóbrios não tem a capacidade de raciocínio lógico, e com isto os livros tornam-se para tais, uma grande incógnita.
Só se aprende a ler lendo, e a escrever, escrevendo. Pra essas pessoas agradeço e aceito as opiniões contrárias, minha arte não é obvia como tantas, ela é intrínseca à racionalidade irracional, o que na verdade o ser humano na sua prepotência habitual é a mais irracional e selvagem de todas as espécies. Vai aqui um recado sincero para tais opositores do novo capitalismo marxista:
APENAS UMA TEORIA.
O que Freud complica
Uma transa explica.
Fazer amor e se encontrar nos orgasmos é uma forma e uma maneira de se encontrar consigo mesmo.
Abraços, camarada velho mago dos teclados, e obrigado pela defesa prévia, senhor rábula Draconiano dos Olímpios campos gregos. Se vocês não entendem isto, o pai dos sábios vos esperam saudosos na velha resolução dos fatos não conhecidos, o tão antigo e irmão dicionário.
COMEDORES DE BATATAS!
A filosofia é inimiga
Da geração chip
Operadora GSM
Fastfood
McDonald´s
Batatas fritas
Que
USA
A ganância.
Wilson Bernardo - Poeta Marginal
Por: Wilson Bernardo.
O Que Wilson Realmente Disse !
Pode ser que na entrevista o Wilson Bernardo se saiu como um humorista ( E isso exige inteligência para fazer tal tipo de humor ), mas depois, ele explicou bem o que quis dizer realmente, e que eu concordo sumariamente, pena que a câmera já estava desligada.
O Caso é o seguinte, quando Wilson fala de Capitalismo Marxista, ele faz uma crítica ao sistema, colocando a geladeira como o símbolo do capitalismo, que incentiva o consumo sem limites na sociedade moderna. Para a sociedade de consumo, não importa o que você é, mas o seu poder aquisitivo. Para o sistema, mais vale um pobre que tem dinheiro para gastar, do que um rico abastado que não quer comprar.
Vc não vale mais o que vc possui. Vc vale o quanto vc pode Consumir, gastar com algo. A geladeira se tornou o termômetro da família. Se a geladeira está cheia, sortida, aquela família vai bem, por isso, todos detestam ver uma geladeira com apenas água gelando. A geladeira foi feita para conservar o alimento e não apenas para gelar água, que é o que acontece!
Daí, a crítica a um sistema que incentiva as pessoas a um consumo irrefreado, e ao mesmo tempo, priva-os de preencher esses espaços. As pessoas vivem apenas do sonho de consumo, vivendo uma utopia de ver a geladeira sortida, o carro do ano, a casa reformada para as festas natalinas. E os outros, ao verem isso, acham que o "fulano-de-tal" vai bem de vida e quer seguir o mesmo padrão copiando o modelo de uma socidade uniformizada.
Na verdade, as pessoas vivem numa MATRIX, numa ilusão de marionetes que os chefes do sistema construíram e mantêm a todo custo. Ao mesmo tempo em que vendem o sonho de uma sociedade abastada e feliz, priva o indivíduo desses mesmos bens de consumo, vendendo a idéia de um mundo social, comunitário, onde formamos uma imensa comunidade de partilhar as mesmas utopias de distribuição de uma riqueza e fartura que só existe na cabeça dos marqueteiros que se locupletam vendendo um sonho de liberdade aos seus prisioneiros do sistema.
E o pinguim vai sempre brigar com o gêlo da geladeira, porque não há outra coisa pra se consumir, e com o degêlo de uma sociedade alienada, que se desagrega, se derrete como uma engrenagem nefasta se desgasta a partir do seu próprio mal.
Espero que eu tenha traduzido o que o Wilson falou dessa vêz, e que todos possam ter compreendido!
Wilson é antes de tudo, um poeta. Ele não diz as coisas com todas as palavras, ele joga-as no ar pra quem puder captar. Ele brinca com as palavras e quem não o conhece, no princípio vai estranhar muito mesmo... mas é uma figuuuuuuuraa ...
Abraços,
Dihelson Mendonça
.
O Capitalismo Marxista de Wilson Bernardo
O que seria o Capitalismo Marxista?
O pensador, poeta, artista plástico, professor e grande contestador da Sociedade de Consumo, Wilson Bernardo explica...
Veja o vídeo:
Se sua internet não é banda larga, ouça pelo menos o áudio:
Agora, se vc não tem nem internet banda larga, nem linha discada, vai tratar de se conectar ao mundo ! rs rs rs
Bem-Vindo ao Blog de Wilson Bernardo !
Olá, Amigos,
Esse é meu pequeno presente a esse que considero um dos mais geniais poetas da nova geração da cidade de Crato: o polêmico Wilson Bernardo. Aqui, traremos inúmeros poemas do Wilson, entrevistas e fatos curiosos.
Wilson, taí meu presente pra você, amigo!
Acima: Foto de Wilson Bernardo por Dihelson Mendonça
Um abração,
Dihelson Mendonça
.